05/07/2009

Parque Arqueológico de Tulum - México ( Viagem em Fevereiro de 2008)

O dia que antecedeu o regresso a Portugal, eu , meu irmão e mais uns quantos companheiros de viagem, decidimos que era de aproveitar as poucas horas que ainda tinhamos disponiveis, e dessa forma, surgiu a ideia de visitar Tulum, local a cerca de trinta minutos de carro, do hotel onde estavamos instalados. Esta era uma visita que até então, não estava prevista. Por vezes, é saudável que o destino ou o acaso nos surpreenda, isto se for pela positiva. E foi.. Pedimos então dois táxis na recepção do hotel, ( o que é sempre mais seguro, por todas as razões e mais algumas ), e lá rumamos à descoberta de Tulum.- Ali chegados, apressámo-nos a adquirir os ingressos de entrada, uma vez que faltavam pouco mais de duas horas para o encerramento do Parque Arqueológico. Ao entrar-mos nas ruínas da cidade, ficamos estupfactos pela beleza do local: harmonia perfeita entre natureza e Património construido. Da sua história, crê-se que a cidade terá sido edificada no primeiro milénio da nossa Era, sob clara influência Tolteca. Esta bela cidade, encontra-se protegida por uma espessa muralha, que a isola do exterior, à excepção da zona escarpada, de onde se tem uma deslumbrante visão do mar das caraíbas, no seu tom azul-turquesa. Consta, que em 1518, uma expedição, comandada por Juan de Grijalva, terá avistado do mar, as Torres de Tulum, a " cidade do amanhecer ", a que os cronistas de várias expedições na época, compararam a Sevilha, tál era a sua beleza. De todas as cidades Maias, esta é a que apresenta melhor estado de conservação, aliada ao facto de também ser a única à beira-mar, daí a sua enorme importância como entreposto comercial. Os primeiros contactos do "homem branco", com os Maias da península do Yucatán, ocorreu em 1511, junto a Tulum. Nesta costa, são devolvidas ao mar, as pequenas tartarugas criadas em cativeiro no Parque Temático de Xcaret. É também local de desova das mesmas. Acabada a visita, e dando por bém empregue o pouco tempo disponível, era chegada a hora de regressar ao hotel. Mas, como nem tudo é perfeito, à saída do Parque, quis o destino reservar-nos um daqueles postais de férias, que qualquer turista, por mais emoções que goste, dispensa em absoluto: um grupo de mexicanos alcoolizados, degladiava-se numa luta sangrenta sem igual. Ficamos atónitos, paralisados... era um outro México, uma outra realidade. Havia que sair dali em segurança, dado que as pedras, ( quém sabe, roubadas às paredes de Tulum ), eram lançadas em todas as direcções por esta turma, que certamente não estavam nos seus melhores dias.
Preocupou-nos sobretudo, o facto de haver entre nós, uma criança muito pequena, filha de um casal de amigos, companheiros desta aventura, mas... saímos ilesos. Pouco depois, já estávamos juntos aos táxis, os mesmos que nos haviam trazido. Regressados ao hotel, felizes e contentes, não só, por não termos levado nehuma pedrada, mas principalmente, porque foram superadas as nossas expectativas: um lugar idílico, bafejado por uma natureza tipicamente caribenha de mãos dadas com a História...
Texto e fotos: Walter