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Se às Vezes Digo que as Flores Sorriem
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Se às vezes digo que as flores sorriem
E se eu disser que os rios cantam,
Não é porque eu julgue que há sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios...
É porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios.
Porque escrevo para eles me lerem sacrifico-me às vezes
À sua estupidez de sentidos...
Não concordo comigo mas absolvo-me,
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza,
Porque há homens que não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma.
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Alberto Caeiro, in " O Guardador de Rebanhos - Poema XXXI"
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fts: walter
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Meus amigos
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aprendam o sorriso da flor e o cantar do rio!
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com um sorriso largo e um abraço saudoso, digo-vos um ATÉ JÁ!
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