22/05/2010

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Des.laço[-me] no [Re]pouso do Sudário
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As horas edificaram os dias em que a dor se apartou do horizonte.
Respiro profundamente em lufadas de outrora e volto a ser feliz.
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As asas são agora de pássaro esvoaçante em céu longínquo e remoto.
Vogalizo o silêncio em grito sibilante
nas consoantes que formam palavras em rima de auxílio.
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O mundo é de nuvens onde a alma se sustenta avidamente.
O sol exalta o corpo arrefecido em maré baixa
e renasço para a vida que presenteia a temporada da efémera existência.
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Sinto[-a] de lés a lés e arredo o sofrimento que porfiei sem desígnio.
Algures, a esperança em sílabas, musicaliza o movimento ritmado do corpo,
em tom de espectativa constante, teimosamente presente.
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. Paulo Intemporal .
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Num dia muito especial, para um amigo muito especial.
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22 de Maio de 2010
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Fotos: Walter
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