23/08/2009

Castelo de Leiria - Portugal

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Este é o castelo da minha cidade, e que hoje presto singela homenagem... lembrando-o através da sua rica história, talhada nas suas pedras, testemunhos vivos, que nos remetem aos primórdios da expansão do Reino.
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Ergue-se este belo e imponente castelo medieval, num morro a 113 m de altitude, dominando toda a cidade, que foi crescendo sobranceira a este, estendendo-se até às bucólicas margens do rio lis.
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Em 1135, D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, dá ínicio à edificação do seu castelo, sobre umas ruínas já existentes - fortaleza militar que tem como objectivo criar uma linha defensiva contra as investidas dos árabes. O rei, nas guerras que vái travando com a Galiza, fáz deslocar os exércitos do Condado Portucalense para o norte, oportunidade esta, aproveitada pelos árabes, para, por duas vezes, conseguirem apoderar-se da cidade.
Em 1142, depois de reconquistar defenitivamente Leiria, D. Afonso Henriques manda reforçar as defesas do castelo, e D. Sancho I, já por volta de 1195, manda erguer as muralhas da cidade, após vário ataques dos muçulmanos.
Outros monarcas dedicaram atenção a Leiria, destacando-se D. Dinis, «o rei lavrador», (1279-1325), que aqui residiu por diversas ocasiões, vindo a doar, em julho de 1300, à rainha Santa Isabel, a vila e o seu castelo.
É a D. Dinis, que se atribui a adaptação do castelo a palácio; a reconstrução da capela de Nossa Senhora da Pena, (dentro do castelo, e mandada erigir por D. João I, em puro estilo gótico), e o ínicio da construção da poderosa Torre de Menagem, pouco antes do seu falecimento.
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Ainda no interior do seu perímetro amuralhado, situa-se o Paço da Alcáçova, residência real ao tempo de D. João III, que aqui reuniu as cortes de 1254. O Paço tem diversas salas de concepção gótica e uma admirável galeria panorâmica com oito arcos ogivais, apoiados em capitéis duplos, de onde a vista sobre a cidade e o rio lis é soberba.
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Ao longo dos séculos, o castelo foi perdendo progressivamente o valor militar e durante as invasões francesas foi bastante danificado.
No final do Séc. XIX, por iniciativa da Liga dos Amigos do Castelo, o arquitécto suiço Ernesto Korrodi, elaborou estudos paro o projecto de restauro das ruínas, projecto que viria a ser interrompido, para em 1921 ser retomado, iniciando-se então o seu restauro até 1934, ano em que Korrodi deixaria de estar ligado ao projecto. As obras continuaram pela década de 30.
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O castelo de Leiria está classificado como Monumento Nacional, e recebe anualmente entre 60 a 70 mil visitantes.
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Texto e fotografia: Walter
Informações adicionais: Wikipédia